Acreditamos que o apoio no local de trabalho — através de mediação, acompanhamento próximo e articulação com as entidades empregadoras — é essencial para garantir não só a integração bem-sucedida, mas também a manutenção do emprego a longo prazo.
A Profissionalização+ é mais do que um projeto de empregabilidade. É uma aposta na autonomia, na dignidade e na mudança de mentalidades. Porque ao apoiar cada trabalhador com trissomia 21, estamos também a transformar as empresas, a sociedade e o futuro de todos nós.

Na Profissionalização+, acreditamos que cada percurso profissional deve começar com escuta, conhecimento e respeito. É por isso que todo o processo se inicia com uma entrevista com o jovem e a sua família, onde procuramos perceber as suas perspetivas, expectativas e motivações. Sabemos que nem sempre o que o jovem deseja coincide com o que a família idealiza — e é precisamente nesse diálogo que começa o trabalho conjunto.

O passo seguinte é conhecer verdadeiramente o jovem: as suas competências, interesses, necessidades de apoio e, sobretudo, o seu ritmo. Em alguns casos, pode ser necessário que o jovem frequente determinados módulos do projeto “Saber em Movimento”, para adquirir mais ferramentas ou maturar a sua decisão antes de avançar.

O nosso foco não é apenas no emprego — é no emprego certo, no momento certo. Por isso, avaliamos em conjunto o que o jovem quer fazer e se já está pronto para esse desafio, ajudando a ajustar o percurso sempre que necessário.

Sabemos também que a família precisa de tempo e apoio para compreender o que significa ter um filho ou filha que, embora capaz, pode precisar de apoios diferenciados para ter sucesso profissional. Este é também um processo de descoberta para todos.

Quando o jovem está pronto e o caminho é definido, inicia-se a preparação do local de trabalho: levantamento das funções, enquadramento necessário e a formação da equipa que o vai receber.

Acreditamos que o sucesso não depende só da pessoa com trissomia 21, mas também de quem a acolhe.

O acompanhamento é contínuo, embora vá diminuindo progressivamente à medida que o jovem ganha autonomia e confiança. No entanto, nunca desaparece — porque o apoio, quando bem feito, não prende: sustenta e permite evolução.